segunda-feira, 14 de novembro de 2011

São meia-noite e quarenta e alguém pulou na piscina. A minha cabeça dói. O roupão roça meu mamilo e me incomoda. A última coisa que eu queria sentir agora era tesão. Eu queria estar naquela piscina. Será? Tem um festival passando na televisão com uma banda péssima que toda gente gosta. Que saco... Acabei de ler um texto lindo e me deu vontade de vir aqui escrever. Ficção. Ou não. Sinto uma mistura de sensações que me povoam o cérebro. Só o cérebro. O corpo eu não quero. Não quero esse corpo. Não agora. Precisava estudar mas as sensações que me povoam me paralisam pra isso. Por que diabos a banda gringa está vestida toda de branco, parecendo que saíram de um terreiro, até patuás eles têm... Todos têm os seus patuás. Hoje, por coincidência, eu estou sem o meu. No fundo a chuva, a banda ruim, o barulho dos carros nas ruas molhadas... Molhada estou eu. Por dentro. Não quero estudar nem trepar... O que vou fazer? Essa luz fria da tela me ilumina tão fracamente que não consigo pensar. Só naquilo em que penso sempre que minha cabeça é povoada por sensações. E aí é que fico molhada. Como sempre ficava só de olhar pra ele naquela época. Deve ser por isso da vontade da piscina. Sempre tenho vontade da piscina. Até sonho. Sempre sonho com água e tenho uma sede eterna. É a secura provocada pelas sensações que me povoam quando estou assim.

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