sábado, 8 de outubro de 2011

São 4:21. Nada me vem à cabeça; só aos dedos. Uma vontade de escrever. Não a monografia que eu preciso entregar, não sobre assessoria de imprensa e mais um milhão de bobagens acadêmicas que eu já nem sei se acredito mais. Falar, gritar, cantar. Vontades que estão aqui. Ressuscito Verônica em meio a textos antigos. Ressuscito um vídeo do ex-amor cantando wonderwall. Rio sozinha da desafinação profunda e do bonitinho esforço. Tenho saudade... Rodo, rodo e caio nele, no ex-amor. Quando eu sinto saudade de algo parece que automaticamente o meu corpo, a minha mente, tudo meu associa a palavra saudade a ele. Sinônimos burros. Que inferno. E eu já nem vivo mais no inferno. Ao contrário, minha vida hoje se aproxima bastante do que eu idealizava pra mim. Uma espécie de paraíso só que de um jeito estranho: real. Outros personagens, outros cenários, mas eu ali, naquele paraíso esquisito tentando chamar ele de meu.

Porra de mariposa ali na cozinha. Só ouço o barulho. Eu vi ela lá mais cedo e agora ouço o maldito barulho das suas asas e saio correndo de lá. Por que nossos medos são maiores do que nós mesmos? Olha o tamanho da merda da mariposa. Mesmo se ela fosse um cacete de um morcego gigante ela ainda seria bem menor do que eu. Mas mesmo assim, é maior. Ainda é maior. Assim como meu medo de vomitar, de ser rejeitada e de ser feliz.

O inferno tá é na gente. O paraíso também.

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