sábado, 7 de maio de 2011

7:11 da manhã. Lá fora um pio como de um gavião. No som, há pouco, "enjoy the silence" no repeat. Chove. Nada de meteoros essa noite. Pensei em escrever sobre uma flor que brotou no meu coração. Achei piegas e clichê; quis trocar a flor por um espelho e o coração pelo chão da sala. Fiquei com "do meu coração brotou um espelho". Não sei por que, mas achei bonito. Lembrei de um poema recitado no início de uma música do Zeca Baleiro: "Pois toda essa beleza que te veste vem de meu coração que é teu espelho. Meu bem é bem melhor que tudo posto." Caralho, por que eu parei de ouvir Zeca? Se a beleza que te veste vem do meu coração que é teu espelho... meu coração é lindo. E é mesmo, pois pra caber tanto amor... nem sei. Como pode tanta solidão em meio a tanto movimento, ou mesmo em meio ao silencio do ruído do ar condicionado e ao som de Zeca... Tanta solidão. O mais engraçado é que ela caminha com a gente. Acompanha, mais até do que seus amigos, seus pais, seu marido... E tem hora que não há barulho nem silêncio que te cure dela.

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