quarta-feira, 10 de novembro de 2010

É sempre assim. O sono vem e ele adormece como se eu aqui não estivesse. Como se nada nesse mundo fosse mais importante que o cansaço e a exaustão de um dia de trabalho. E eu continuo desperta, sozinha. Sempre só. Ainda mais agora; um apartamento maior nos dá uma sensação mais ampla de solidão. Uma varanda maior, mais espaço vazio, fora e dentro. Penso em como vamos fazer para preencher essas lacunas, se é que essas lacunas se preenchem, se é que lacunas podem ser preenchidas. Ora, se lacunas são, assim são e assim serão. Só não me ensinaram o que fazer com elas assim, lacunas, vazias, ocas, assim ( ) , lacunas que são. Hão de ser eternamente esses espaços que sempre pedem para ser preenchidos. Sempre clamam por isso as pobres lacunas e sempre são acusadas de serem esse vazio que temos dentro de nós. Ah, as malditas lacunas que nos fizeram com (ou sem, já que vazias são?).

Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..... E ele a dormir.


..................................................... E eu acordada.

?????????????????????????? Ainda acordada.


Zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz..... Ainda a dormir.



!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Acordada...


E assim se passam todas as noites povoadas de lacunas, repletas de solidão.

Um comentário:

  1. Precisa dormir mais amiga... Vai sonhar! Larga essa porra de realidade um pouquinho!

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