sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sabe o que acontece... É que a vida é assim. Ela deixa a gente desse jeito. Amargo, seco, sem sonho, pé no chão, raízes fincadas na terra. Raízes podres, por assim dizer. Mas é o que ocorre. O sonho vem, quando se é novo, brota, floresce... mas algumas flores - a maioria, por sinal - não vira fruto. Morre antes. E a vida vira assim um cemitério de sonhos em flor, mortos antes do tempo. Por isso vivemos todos meio que em luto. Cheios de um jardim de flores murchas com poucos frutos. Mas em meio a tudo isso... Há o amor. Que passa por fases, claro. Muitas. Mas há ele, o amor. E quando ele está em você, por mais que você não queira, as flores permanecem, algumas, vivas. Outras poucas chegam até a dar frutos, uns míseros, mas bons, eternos. Perenes. Mesmo contra a sua vontade, mesmo com todos os tiros no pé e com toda a dificuldade do aceitar, você vai ser feliz. Você VAI. É uma profecia. É uma ordem, praticamente. VOCÊ VAI. E agora eu vou. Tenho sido. Mesmo com todo o resto. Mesmo eu me apegando às podres raízes que construí ao longo desses últimos seis anos, pelo menos. Apesar de tudo, eu SOU. E é tão bom ser, às vezes... Porque o mundo está acabando, mas você ainda sim, É. Como se fosse uma espécie de blindagem, só que permeável. As coisas vem, batem, ultrapassam, atingem... mas menos. E ultimamente eu ando assim. Blindada e carregando algumas flores nos meus cabelos vermelhos...

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